3 metros acima do céu


"Três metros acima do céu" (1992) é o romance de estreia do escritor italiano Frederico Moccia. Conta-nos a história de dois jovens italianos: Babi, de 15 anos, uma rapariga de boas famílias que anda no Liceu Falconieri, um colégio de elite e de Step, um adolescente rebelde e problemático, apaixonado por andar de mota a altas velocidades, revoltado com as circunstâncias da vida. Ao conhecerem-se a atracção é imediata e a fricção das suas diferenças faz-se sentir: Babi é sensata, ajuizada, de educação polida, que pensa sempre antes de falar. Step é extremamente impulsivo, facilmente irritável, sem filtros e, não raras vezes, indelicado. No entanto, só são opostos na superfície visto que ambos vivem insatisfação familiar à sua maneira e lidam com o crescimento a tentar aperfeiçoar o corpo à sua maneira (Step trabalha o físico musculado no ginásio, Babi é quase escrava de dietas auto-impostas). Para além disso, ambos têm um grande sentido de lealdade e de amizade, estando dispostos a fazer qualquer coisa pelos seus melhores amigos. 
Recebida  inicialmente com uma frieza inicial, a obra é reeditada em 2004 e acolhida com grande entusiasmo pelo público. No mesmo é lançada a sua adaptação ao cinema, no filme italiano homónimo "Tre metri sopra il cielo" pela mão do realizador Luca Lucini, com Ricardo Scamarcio e Katy Louise Saunders nos principais papeis. 
O filme capta com precisão as complexidades das personagens, os seus conflitos interiores entre as suas verdadeiras vontades e o que a sociedade espera deles e a envolvência do primeiro amor, emoldurado pela beleza de Roma. A película causou sensação e um grande sucesso de bilheteiras.

  





Em 2010, é lançada a versão espanhola do livro "Tres metros sobre el cielo", dirigida por Fernando González Molina e protagonizada por Mario Casas e María Valverde. A produção é menos fiel ao livro que a supra-citada e são feitas ligeiras alterações à história original (Step, tem o nome mudado para H., iniciais de Hugo, por exemplo). Todavia, a essência da narrativa de Frederico Moccia mantém-se a mesma. As limitações de um amor que parece maior do que os condicionalismos, as diferenças sociais, a aventura, a alegria intensa, a dor devastadora são as peças chaves desta trama. Step e Babi dão voz às emoções e frustrações que poderiam ser as de qualquer pessoa e resgatam uma pureza adolescente num mundo feito de hipocrisia e preconceito com o seu romance fulgurante e  estelar que agarra o leitor/ espectador do princípio ao fim.

 





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