George, a tartaruga gigante
Foi noticiada no dia 24 de
Junho a morte da tartatuga gigante George no Parque Nacional dos Galpagos
(DPNG), Equador. Apelidada de “George Solitário”, a tartaruga gigante, que
estima ter mais de 100 anos, era a último sobrevivente da sua subespécie, Chelonoidis
nigra abingdoni,
e não deixou descendentes.
O
animal foi encontrado de manhã por um guarda do parque, Fausto Llrena, já sem
sinais vitais. Foi colocado numa câmara frigorífica para evitar a sua
decomposição. George era natural da ilha Pinta, a mais setentrional dos
Galápagos e tinha sido salva em 1972 por um grupo de caçadores, numa altura em
que as tartarugas gigantes desse habitat estavam quase extintas. A tartaruga
foi integrada num programa de criação em cativeiro do Parque Nacional dos
Galápagos (DPNG). As tentativas de reprodução de George, realizadas por
profissionais da DPNG não foram sucedidas e das raras vezes em que a tartaruga
acasalou os ovos não foram férteis. Actualmente convivia com fêmeas da ilha
Espanõla, geneticamente mais próximas.
O
director da DPNG, Edwin Naula, informou que este mês será organizada uma
oficina internacional para traçar a estratégia para a restauração das
populações de tartarugas nos próximos dez anos. Acerca de George Solitário, em
honra do qual se realizará a iniciativa, o responsável afirma: “O seu legado
será um maior esforço em pesquisa e gestão para restaurar a ilha Pinta e todas as
outras povoações de tartarugas gigantes de Galápagos”.
As ilhas Galápagos são amplamente
conhecidas pela sua rica biodiversidade, onde o cientista Charles Darwin
elaborou a sua famosa teoria da evolução e selecção natural das espécies. Ficam
situadas a mil quilómetros do litoral continental do Equador e estão
classificadas como Património Natural da Humanidade pela Unesco.
A preservação das tartarugas
gigantes que lhes dão o nome (foram baptizadas no século XVI de Insulae de los Galopegos; Ilha das
Tartarugas) é uma das prioridades no Arquipélago. Devido à acção humana dos últimos séculos (caça, introdução de cabras no habitat) estima-se que apenas vivam actualmente 20 000 tartarugas gigantes, de diferentes subespécies, nos Galápagos.
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