Renata Gomes
A cientista portuguesa Renata Gomes
foi recentemente distinguida no Parlamento Britânico, com um “Silver
Certificate” e 2836 euros, no âmbito dos prémios Science, Engineering and
Tecnhnology (SET), levados a cabo pela Comissão Parlamentar e Científica de Inglaterra.
Renata Gomes tem 26 anos e investiga a
regeneração de tecido cardíaco após um enfarte. A investigadora agradeceu o
prémio que referiu “abrir muitas portas” e ajudar a “novas plataformas de
financiamento”, sintetizando este momento como “muito gratificante”.
Actualmente está a terminar o seu
doutoramento na Universidade de Oxford, supervisionada por Lino Ferreira, do
Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra.
Renata Gomes apresentou o seu trabalho
na Câmara dos Comuns em Londres, abordando a estratégia que está a desenvolver
para incentivar a regeneração do tecido cardíaco após um enfarte.
Este é o culminar de um processo longo
de dedicação ao serviço da Ciência em que a investigadora neste projecto
internacional entre a Universidade de Coimbra, University College London,
Universidade de Oxford e Universidade de Kuopio na Finlândia. “Isto requereu
uma grande força pois passei praticamente os últimos três anos a trabalhar
nestas instituições, o que significa viver entre três países”, explicou Renata
à publicação “Ciência Hoje”.
Para a investigação de Renata Gomes
foi muito importante a construção de manopartículas para a localização
simultânea de células por aquisição directa de meios não invasivos e para
estimular “a sobrevivência das células em locais hostis como o dos corações
doentes”. Após estes desenvolvimentos, a cientista passou três meses a testar o
modelo o sistema no coração e em modelos de isquemia vascular na
Finlândia e Reino Unido em ratos e coelhos. As fases seguintes de trabalho
incluem testes pré-clínicos em porcos, que abririam o caminho para testes
humanos. A investigadora estima que se esta tecnologia poder vir a ser aplicada
no sistema de saúde, 50 milhões de dólares poderão ser poupados em testes de
controlo que deixam de ser precisos.
A tese de doutoramento de Renata Gomes
será submetida em breve, devendo obter o grau ainda este Verão. O
financiamento do prémio britânico recebido reverterá para treino oficial e com
acreditação europeia em Imagens por Ressonância Magnética (MRI). A cientista
não descarta a possibilidade de viver em Portugal, caso os recursos económicos
o permitam para implementar estas novas tecnologias no país e ajudar a
revolucionar “as novas medicinas.”
Renata Gomes é natural de
Barcelos, tem duas irmãs e desde cedo foi viver para Londres, onde tem
família próxima. Como passatempos a cientista aprecia correr, fazer esgrima,
ouvir música, comer sushi e ler (elege como favoritas as obras “Grandes
esperanças” de Charles Dickens e “Memorial do Convento” de José Saramago” bem
como as publicações “National Geographic” e “The Economist”).
Estudou Medicina Forense e Ciências
Médico e Forenses no Reino e trabalhou nesta área clínica durante um ano.
Simultaneamente, tirou um mestrado em Medicina e Bioquímica Cardiovascular. De
seguida, iniciou o doutoramento científico no programa doutoral da Universidade
de Coimbra, que lhe tem permitido estabelecer as actuais parcerias tão vitais
para o sucesso do seu trabalho.
Gostei deste post :) Obrigado por divulgar o bom trabalho das “nossas” mulheres. Cheguei a este post apôs ainda ter visto estas noticias! Este Blog esta realmente atento a inovação :)
ResponderEliminarhttp://www.ionline.pt/artigos/portugal/emigrantes-50-regressos-portugal-precisa
http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_id=4244221