Pirilampos luminosos



Os pirilampos fazem parte da família dos coleópteros, que se destacam por serem biolumescentes, ou seja, conseguem emitir luz própria de propriedades fosforescentes. As larvas alimentam-se sobretudo de vegetais e de outros insectos menores.
A designação pirilampo deriva do grego pyros (fogo) e lampis (luz). Também é conhecido por lumeeiro, lampíride e pirífora. As emissões luminosas deste pequeno insecto são facilmente visíveis na escuridão, sendo que a sua luz não queima. É, aliás, uma das mais frias do planeta. Produz-se através de uma substância chamada luciferina, que em contacto com oxigénio nuclear e com uma enzina, luciferase, gera oxiluceferina. Ocorre uma perda de energia que leva a que o insecto produza uma luz de tonalidade amarela e esverdeada. Esta reacção emite um fluxo de radiação luminosa de grande eficiência. Os órgãos bioluminescentes dos pirilampos situam-se na parte inferior dos segmentos abdominais e às vezes na cabeça.
Os pirilampos podem ser encontrados entre Maio e Agosto e os clarões que emitem permitem o reconhecimento mútuo que sinaliza a época de acasalamento. As fêmeas colocam-se à noite numa posição que lhe permita uma boa visibilidade. Estas raramente voam visto que o seu corpo é mais pesado que o dos machos, pelos ovos que transportam. Emitem então uma luz mais brilhante, para atraír o maior número possível de machos, que irão voar ao seu redor, cintilando. A fêmea apenas reage a um padrão luminoso específico e só aí permite o acasalamento.
A família dos pirilampos é variada destacando-se os elaterídeos (de cor castanha escura ou avermelhanda, com duas manchas na parte anterior do tórax), fengodídeos (em que as fêmeas tem sempre um aspecto larvar) e lampirídeos (de ciclo biológico longo). Devido à poluição, os pirilampos estão a começar a escassear, pelo que devem ser tratados com muito cuidado pela mão humana.
 

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