O advento do pós-feminismo
A designação pós-feminismo engloba um movimento crítico da terceira onda do feminismo, usado pela primeira vez na década de 1980 e visa analisar de forma crítica discursos anteriores nesta área, expondo eventuais fraquezas e desafios.
A interpretação do que é considerado feminismo é actualmente muito polivalente. Nadine Strossen e Katha Pollitt consideram que o feminismo reforça que as mulheres são pessoas e que pontos de vista que colocam os sexos em posições divergentes em vez de uni-los são sexistas. A autora Susan Faludi fala de uma reacção negativa aos avanços significativos da luta das mulheres no século XX por direitos iguais, acusando os media de responsabilizarem, estas conquistas por problemas na sociedade. Segundo a escritora esta é uma tendência histórica e sem o menor fundamento.
A académica inglesa Angela McRobbie considera a expressão enganadora e defende que há ainda muito trabalho para fazer no movimento feminista. Também realça o paradoxo existente em livros e filmes em que a mulher aparece como uma personagem emancipada, sexualmente livre e independente que, no entanto, procura desesperadamente pelo homem certo, que dê sentido a todos os seus esforço.
Se o feminismo inglês está mais vinculado a questões políticas e de igualdade social, o feminismo francês, da década de 1970 à de 1990 prende-se mais com interpretações literárias e filosóficas, teorias focadas no corpo e questões metafísicas.
Uma obras mais marcantes dessa doutrina é “O Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir, publicado em 1949. A filosofa retrata a opressão sofrida pela mulher ao longo dos tempos e critica severamente a ideia de que o homem seria o ideal a aspirar. Baseia-se no principio de que a existência precede a essência, que não se nasce mulher mas que nos tornamos numa. Através da descrição da construção feminina e das suas relações, Simone provocou o que é considerado de “revolução moral” no pós-feminismo.
Uma obras mais marcantes dessa doutrina é “O Segundo Sexo” de Simone de Beauvoir, publicado em 1949. A filosofa retrata a opressão sofrida pela mulher ao longo dos tempos e critica severamente a ideia de que o homem seria o ideal a aspirar. Baseia-se no principio de que a existência precede a essência, que não se nasce mulher mas que nos tornamos numa. Através da descrição da construção feminina e das suas relações, Simone provocou o que é considerado de “revolução moral” no pós-feminismo.
A teoria feminista visa compreender e inverter a desigualdade entre os sexos, desequilíbrios na política, relações de poder e no discurso da sexualidade. Entre os temas estudados incluiu-se a discriminação, objectualização (sobretudo no contexto sexual), exploração laboral e estereotipagem. As áreas de conhecimento que abordam estas teorias são variadas: antropologia, sociologia, economia, história de arte, filosofia, psicanálise, crítica literária, estudos femininos, etc. A crítica literária americana Elaine Schowalter identificou três fases da teoria feminista: crítica feminista (em que são estudadas as ideologias subjacentes a fenómenos literários), fase ginocítrica (em que a mulher é produtora de significado textual ao nível de psicodinâmica, criatividade e linguística, entre outros) e por fim a teoria do género (em que a inscrição ideológica e os efeitos literários do sistema de género/sexo são investigados. Este modelo foi descrito como sendo essencialista e determinista e aponta-se a necessidade de abordar os modos de vida da mulher na globalidade, sem esquecer os países fora do mundo ocidental.
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