Alma

Como uma menina de olhos de vidro
Tentei reter dentro de mim a alegria breve
Mas tudo se foi, irremediavelmente perdido
Pois nem todo o que tenta consegue

Como uma bailarina num lindo idílio
Quis guardar o amor numa caixa em forma de coração
Mas cedo percebi que vivia no engano e martírio
Continuava sem céu, abrigo, terra ou chão

Como uma princesa de uma história de encantar
Descansei tempos sem fim
Mas ao abrir os olhos ao acordar
Ninguém vi, prostrado, diante de mim

Como uma boneca de pano
Teci um grande cesto de mágoas
Que fui ao passar de cada ano
Enchendo com as minhas lágrimas

Como uma simples pessoa
Quis ser feita de carne, sangue e sentimento
Numa vida doce, calma e boa
Então, encontrei a minha alma nesse momento



Imagem retirada de: http://osmanos.blogs.sapo.pt/

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