"Falar nas noites do cisne negro"

Neste começo do ano de 2011, muitas sugestões culturais, se acumulam nas nossas agendas e cabeças fervilhantes de aprofundar os nossos conhecimentos e por em dia as nossas leituras, filmes vistos e discos escutados. Faço as recomendações seguintes:
Livro: "Noites Brancas" de Fiódor Dostoiévski (1848)_ Uma obra pequena mas de imenso significado, que conta a história de dois desconhecidos que se conhecem nas frias noites da antiga São Petesburgo e que iniciam uma amizade especial e comovedora. Conhecemos os desejos e inseguranças do narrador que se apaixona pela bela Nástenka. O livro surge quase como um sonho, numa atmosfera envolvemente, quase fantasmágorica para revelar os sentimentos mais recônditos das personagens, cujas preocupações e anseios se mantêm, mais do que nunca, actuais.


Filme: "Cisne Negro" de Darren Aronofsky (2010)_ Um filme que mostra o ballet como nenhum outro, em que arte se mistura com insanidade, trabalho com compulsão e pesadelo com realidade. A película conta-nos a história de Nina, uma jovem e promiente bailarina que luta para conseguir o papel de Rainha, na adaptação que a companhia de bailado onde trabalha, está a fazer da "O Lago dos Cisnes" de Tchaikovsky Nina detêm um grande empenho técnico, numa procura obsessiva pela perfeição. Desde logo, é considerada ideal para o Cisne Branco, com a sua graciosidade contida e pureza. Contudo, para conseguir encarnar o Cisne Negro, Nina precisa de buscar em si uma paixão e sensualidade que não tem a certeza de existir. É na procura do seu lado mais escuro e reprimido, que vamos mergulhar na história alucinante da busca de Nina por realizar os seus sonhos e de não se perder a si própria pelo caminho.


Música: Taylor Swift Speak Now (2010)_ A jovem cantora norte-americana volta a lançar um novo registo musical, que enfatiza ainda mais as características profundamente autobiográficas das suas canções. Taylor fala de amor, desilusão, de fantasias, de vingança, de maldade, de sonhos e de crescimento com o seu cunho muito pessoal. O disco, como um todo, apela à ideia quase conceptual de que é necessário dizer o que temos a expressar seja de que forma for e que ao fazê-lo, deixamos atrás de nós actos que documentam a nossa coragem.

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