Complexo de Jonas ou o medo da auto-realização
Durante anos lutei contra a minha tendência para a procrastinação (adiamento de tarefas que deveria idealmente fazer a uma data altura para outra posterior, basicamente: deixar tudo para a última da hora). Aplicava esta máxima para vários aspectos da minha vida, nomeadamente o estudo. A verdade é que quando pensava em estudar com mais antecedência para frequências ou exames começava a sentir-me de imediato tensa e desinspirada, ou seja, sentia à partida que o estudo não ia correr bem nem seria proveitoso. Por isso, o melhor era aproveitar para descontrair e passar o tempo de forma interessante certo? Atribui sempre este comportamento a qualquer peturbação psicosomática e alguma preguiça latente. As pessoas passam a vida a dizer que a vida é curta e confesso que em muitos dias não me parecia valer a pena preocupar-me mais do que o estritamente necessário com o que quer que fosse, com todas as consequências adversas que daí pudessem ocorrer.
Ora, há um dias deparei-me através da plataforma virtual com o Complexo de Jonas. (personagem biblica célebre por sido engolida por uma baleia e que após ser salvo se torna um importante profeta) Em linhas gerais, os psicológos definem Jonas como sendo um exemplo de uma pessoa que se afasta da sua verdadeira vocação, da sua voz interior e de acontecimentos que lhe permitissem uma sensação de realização e de absoluto.
Jonas é um arquétipo dos diversos medos humanos que podem sabotar os nossos progressos humanos: medo do sucesso, medo da diferença e medo da mudança. Sobretudo, a pessoa receia ser alvo de inveja, ser considerado diferente dos outros, não se adaptar e ter de abdicar de uma sensação de segurança, mesmo que ilosória para, ir rumo ao desconhecido. O preço da liberdade ilimitada é uma angústia que não se conhecia num meio instável e que faz suscitar o grande receio de não nos encontrarmos e pertencermos a um determinado grupo social, de falharmos por completo a nível pessoal, social e profissional.
O psicólogo existencialista Rollo May defendeu que mais do que a castração, o ser humano temia o ostracismo, ou seja, os nossos maiores medos não tinham uma raíz na componente da sexualidade mas sim na vida em sociedade. O conformismo e estandardização aos modelos tidos como aceitáveis socialmente cria, em regra geral, um grande sofrimento e sentimento de imponência. O ser humano é como um pássaro com asas aparadas numa gaiola dourada. Pode sentir conforto e algum bem-estar nas suas grades reluxentes mas não deixa de ser uma gaiola. Um lugar que o confina e impede de desenvolver plenamente as suas capacidades.
A maior forma de aprisionamento talvez seja o medo de nos conhecermos a nós próprios e o medo de tentarmos começar a transpor essas barreiras que nos travam a passada, que se somam à nossa ignorância existencial latente já que não sabemos de onde viemos, quem somos nem para onde vamos. É algo que segundo Jung que se pode buscar na tentativa de sincronicidade com o que nos rodeia, que tem origem nas crenças antigas que subsidem no interpretar dos sinais da natureza, o piar de uma coruja, por exemplo. A sorte tinha de estar alinhada com os instintos e vigilância à nossa situação actual. É isso que se acaba por pedir a quem luta com características do Complexo de Jonas: ter capacidade de diminuir a pressão que criam para se próprios, de se alienarem um pouco do medo do que os outros vão pensar de si, estabelecer alguma distância entre o "eu" e o "ego" de modo a viverem o melhor que podem, sem se auto-sabotarem, obedecendo com coragem à sua voz interior.
Jonas é um arquétipo dos diversos medos humanos que podem sabotar os nossos progressos humanos: medo do sucesso, medo da diferença e medo da mudança. Sobretudo, a pessoa receia ser alvo de inveja, ser considerado diferente dos outros, não se adaptar e ter de abdicar de uma sensação de segurança, mesmo que ilosória para, ir rumo ao desconhecido. O preço da liberdade ilimitada é uma angústia que não se conhecia num meio instável e que faz suscitar o grande receio de não nos encontrarmos e pertencermos a um determinado grupo social, de falharmos por completo a nível pessoal, social e profissional.
O psicólogo existencialista Rollo May defendeu que mais do que a castração, o ser humano temia o ostracismo, ou seja, os nossos maiores medos não tinham uma raíz na componente da sexualidade mas sim na vida em sociedade. O conformismo e estandardização aos modelos tidos como aceitáveis socialmente cria, em regra geral, um grande sofrimento e sentimento de imponência. O ser humano é como um pássaro com asas aparadas numa gaiola dourada. Pode sentir conforto e algum bem-estar nas suas grades reluxentes mas não deixa de ser uma gaiola. Um lugar que o confina e impede de desenvolver plenamente as suas capacidades.
A maior forma de aprisionamento talvez seja o medo de nos conhecermos a nós próprios e o medo de tentarmos começar a transpor essas barreiras que nos travam a passada, que se somam à nossa ignorância existencial latente já que não sabemos de onde viemos, quem somos nem para onde vamos. É algo que segundo Jung que se pode buscar na tentativa de sincronicidade com o que nos rodeia, que tem origem nas crenças antigas que subsidem no interpretar dos sinais da natureza, o piar de uma coruja, por exemplo. A sorte tinha de estar alinhada com os instintos e vigilância à nossa situação actual. É isso que se acaba por pedir a quem luta com características do Complexo de Jonas: ter capacidade de diminuir a pressão que criam para se próprios, de se alienarem um pouco do medo do que os outros vão pensar de si, estabelecer alguma distância entre o "eu" e o "ego" de modo a viverem o melhor que podem, sem se auto-sabotarem, obedecendo com coragem à sua voz interior.
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