Perfect body, O fundamentalista relutante & Harry Styles
Filme: "Perfect body" (1997)_ Andie Bradley (Amy Jo Johnson) é uma jovem ginasta determinada a ser apurada para os Jogos Olímpicos. Depois de conhecer um renomeado treinador, David Blair, Andie muda-se com a mãe para o Seattle para poder treinar no seu ginásio. A luta para conciliar os estudos no ensino secundário com os treinos extenuantes e uma relação à distância revela-se cada vez mais dura e difícil para Andie, que passa muitas horas a aperfeiçoar todos os exercícios que tem de denominar para a competição. Quando lhe é dito que tem de perder peso para ser mais rápida e melhor na sua técnica, Andie rapidamente resvala para os distúrbios alimentares e a ginástica deixa de ser apenas uma paixão para dar também lugar a uma obsessão perigosa que põe em risco a sua saúde. Uma película que alerta para os riscos de querer ser perfeito, seja enquanto atleta ou a nível corporal e que abre os olhos do espectador para a realidade apavorante da anorexia e bulimia.
Livro: "O fundamentalista relutante" (2007) de Mohsin Hamid_ Neste pequena e maravilhosa obra conhecemos Changez, um paquistanês que vai estudar para Princeton, nos Estudos Unidos e depois consegue emprego numa firma nova iorquina de sucesso. A viver o sonho americano, o quotidiano da personagem altera-se radicalmente após o 11 de Setembro. Agora a relatar a sua história a um desconhecido americano na cidade paquistanesa de Lahore, esta é uma obra que nos lança questões mais do que nunca pertinentes sobre identidade, perda, amor e lealdade. Quem somos fora da nossa terra natal? Quando é que o processo de assimilação nos rouba o nosso sentido de unicidade? Que papel desempenham os rótulos e estereótipos nos dias de hoje? Um livro para ler com atenção, com grande peso emocional, que nos faz reflectir profundamente sobre o estado da Humanidade.
Música: "Harry Styles" (2017)_ No seu disco de estreia homónimo, Harry Styles, membro proeminente da banda britânica One Direction, apresenta-nos um trabalho a nível melódico e lírico, que representa um amadurecimento inequívoco e uma afirmação musical numa direcção surpreendente e muito positiva. Inspirado por nomes do rock como David Bowie, Pink Floyd ou Coldplay, Styles diverge da pop previsível do seu anterior grupo e ousa explorar novos terrenos musicais e toda a riqueza da sua voz para falar das suas experiências dos últimos anos, em letras pessoais e confessionais. Destaque para as músicas "Meet in the hallway", "Sign of the times", "Two ghosts", "Sweet creature" e "Woman".
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